domingo, 25 de setembro de 2011

NOSSA OFERTA DEVE TER A MARCA DA ADORAÇÃO

A oferta que Deus aceita é a materialização de nossa sincera adoração
“...e prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra.”  (Mt 2:11)

Duas palavras são inseparáveis no contexto das Sagradas Escrituras: Adoraração e Dádiva.  
Bem verdade que alguém possa dar sem adorar.  No entanto, é impossível adorar sem dar.
Vamos tomar alguns pontos de reflexão sobre a adoração como base motivadora do ofertar que Deus aceita:

1.    Quem adora ao Rei, traz presentes para o Rei
(Mt 2:1-12)
Este texto bíblico se refere aos magos que vieram do Oriente, a procura do Rei Jesus que nascera em Belém de Judá.   Estes magos ilustram com bastante nitidez o perfil de um verdadeiro adorador:

1.1            O verdadeiro adorador não mede sacrifícios para servir ao Senhor.
Eles vieram de terras longínquas, há centenas de kilometros de Israel.   Mas, motivados por alguma revelação profética da parte de Deus;  saíram de sua cidade, e de comum acordo, empreenderam uma grande e desafiadora viagem até a terra do Senhor.
Por certo, ao longo da jornada,  foram convidados pelo desanimo a voltarem ao lar;   certamente as agruras do caminho pelo deserto os abatera muitas vezes.   Mas, a esperança de encontrar o Rei para prestarem adoração, era sempre maior que qualquer desafio e dificuldades que se apresentavam no percurso.
Estes magos ilustram muito bem, aqueles crentes, que por amarem profundamente a Deus, enfrentam desafios de toda ordem e vencem muitas vezes o cansaço, para estarem na Casa de Deus, prestando seu culto.
É sempre emocionante lembrar, dos queridos irmãos, que nos lugares mais distantes,  caminham muitos kilometros (muitas vezes pelo meio das matas), para irem ao culto, adorar ao Rei.
Recentemente ouvi de um irmão,  filho de um pastor pioneiro no Estado do Paraná, que me disse:
- “Meu pai viajava a pé, 40 Kilometros para dirigir um culto.   Muitas vezes, enfrentando frio e chuva;  e eu hoje, tenho dois carros na garagem, e muitas vezes tenho preguiça de vir adorar a Deus em sua Casa.”

1.2         O verdadeiro adorador é dirigido pelo Céu
“E perguntaram: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus ?   Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.” (Mt 2:2)
“E, tendo eles ouvido o rei,  partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles,  até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino.  
E, vendo eles a estrela,  alegraram-se muito com grande júbilo.”    (Mt 2:9,10)
Aqueles magos não tinha a mão nenhum instrumento de orientação para viajarem.   Nem sequer um mapa que os conduzisse com segurança.    Mas, Deus proveu para eles um sinalizador perfeito – uma estrela.   Conforme ela sinalizava o rumo, assim seguiam. Não erraram a direção,  mas vieram pelo caminho traçado pelo céu.
Costumo dizer que como Igreja do Senhor na Terra, Deus nos deu um “GPS”, que é o bendito Espírito Santo: Guia Para Sempre.   “Mas, quando vier aquele Espírito da Verdade, ele vos guiará em toda a verdade...” (Jo 16:13)
Quando com minha família, trabalhamos como missionários na Alemanha (nos anos 95 e 96), ganhamos para Jesus um querido africano de Angola,  o irmão Job Pedro.  Ele nos contou que na região de Benguela, Angola;  possuia dois tios crentes em Jesus, obreiros do Evangelho – que trabalhavam juntos como pescadores.    Certo dia,  foram apanhados em alto mar, por uma grande tempestade.   Tal foi a tormenta, que os fez perder o rumo de volta para casa.    Ficaram perdidos no alto mar, por quinze dias.   E, quando já se encontravam completamente exauridos e sedentos, pois, toda a água potável tinha acabado;   dobraram os joelhos no pequeno barco, e clamaram ao Senhor:
- Senhor, nos envie socorro, se não, aqui morreremos!
De repente, uma luz muito forte brilha no céu,  e pouco a pouco se aproxima deles, e pára sobre o barquinho.   Em seguida aqueles dois servos de Deus, ouvem um voz forte que saía daquela luz, que lhes dizia:
- Peguem os baldes e os encham com a água do mar.
Ao obedecerem a voz ao Senhor, enchendo todos os baldes que tinham;  ouviram em seguida novamente:
- Agora bebam da água dos baldes.
E para grande alegria, provaram de água doce, água potável da melhor qualidade.     Depois de reconfortados e animados;  em ato contínuo,  o Senhor lhes recomenda:
- Agora, sigam a luz!
Imediatamente, a luz começou a deslocar-se;  e os dois irmãos, cada um com seu remo, foram seguindo a luz.   Depois de horas remando, de repente, um deles dá um efusivo brado de alegria:
- Glória a Deus ! Olha lá a nossa casa! Estamos chegando! Glória a Deus !
       
1.3         O verdadeiro adorador é sempre um verdadeiro ofertante
“E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua Mãe, e, prostrando-se, o adoraram;  e, abrindo os seus tesouros,  lhe ofertaram dádivas:  Ouro, incenso e mirra.”  (Mt 2:11)
Com os magos do Oriente aprendemos que o ato de ofertar  deve ser precedido pela sincera adoração.    Biblicamente, não recomendável o serviço preceder a adoração.  Pois, a Palavra nos ensina que a adoração sempre deve anteceder qualquer trabalho que intentamos fazer para Deus.    Notemos o que Jesus disse ao diabo em Mateus 4:10 “...Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás.”     Primeiro Jesus fala de adorar e depois de servir,  porque segundo a Palavra,  a adoração deve sempre preceder o serviço.
O que Deus espera, é que antes de abrirmos o bolso, nosso coração esteja aberto primeiro para Ele.
É significativo, se observar esta verdade bíblica nos magos do Oriente,  que poderiam chegar, e abrirem seus tesouros, ofertarem ao Rei, e depois o adorarem.  
Mas, isto não ocorreu.  Primeiramente, eles se prostram (como fiéis suditos diante de seu potentado);  em seguida começam a adorar, para depois abrirem seus tesouros e ofertarem.
Quando todos os crentes entenderem e vivenciarem esta realidade;  algo de grandioso começará a acontecer no seio das igrejas.  Bençãos sem medida serão derramadas. Promessas grandiosas serão cumpridas,  e uma colheita extraordinária, fruto da semeadura feita com o adubo da adoração.
Pastor Marcos Antonio

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

NOSSA OFERTA DEVE TER A MARCA DA GENEROSIDADE

A oferta que Deus aceita é rica em generosidade

“Alguns há que espalham, e ainda se lhes acrescenta mais; 
e outros que reteem mais do que é justo, mas é para sua perda.
A  alma generosa engordará, e o que regar também será regado.”  (Pv 11:24,25)

A palavra generosidade vem do Latim “generare”, que significa gerar, produzir, frutificar.     O generoso é aquele que está sempre a gerar boas obras e a produzir frutos bons.   Por sua vez, o avarento, nada gera, pois possui uma alma estéril.  Não possue,  frutos de generosidade; porque a raiz do seu coração está sem vida e a seiva do amor secou.
Vamos agora ao Novo Testamento para observarmos algumas
ricas verdades sobre esta palavra chave de nossa oferta – a generosidade.  Creio que os queridos irmãos macedonios, que ensinaram, não somente a Igreja em Corinto, mas, todas as igrejas daqueles dias;  nos ensinam ainda hoje, lições de como sermos generosos no Serviço do Rei:
“Também vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedonia;
Como em muita prova de tribulação houve abundancia do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade.
Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico), e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente,
Pedindo-nos com muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos.
E não somente fizeram como nós esperávamos,  mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus.” (2 Co 8:1-5)

Os irmãos macedonios nos mostram qual é o perfil do crente generoso

1.    O crente generoso é movido pela Graça
O apóstolo Paulo explica que a razão dos macedonios serem tão generosos, era porque eram crentes cheios da Graça de Deus.  Tudo porque, o edifício da generosidade só pode ser construído sobre a alicerce da Graça.   A Graça é que nos torna generosos, é isto que ocorreu com os queridos macedonios.
É notável como neste texto bíblico, aparece seguidas vezes a palavra “graça”:

Primeiro:
  Os crentes macedonios nos ensinam que ofertar é vivenciar a Graça de Deus em nossa vida “Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedonia” (2 Co 8:1).  Vemos aqui que contribuir é uma graça.   Para muitos crentes avarentos e materialistas, contribuir é matirio;   mas contribuir para o crente generoso é privilégio, é benção, é graça.

Segundo:  
Os crentes macedonios nos ensinam que a graça de ofertar deve ser prioritária na nossa vida:
“Pedindo-nos com muitos rogos a graça, e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos.”  (2 Co 8:4)
         Que lindo!  Chegaram a rogar a Paulo que também queriam ofertar aos crentes necessitados na Judéia que passavam naqueles dias, muitas privações.
Na maioria das vezes, nós pastores, temos que rogar, e muitos de nós, chegamos às raias da súplica veemente; para que os membros de nossas igrejas, ofertem e dizimem.   Ouvi, até de uma atitude absurda de um pastor que queria reduzir o dízimo de seus crentes para 5%;   tendo em vista o número crescente de crentes avarentos em seu redil.
Mas, no caso dos macedonios;  nem Paulo, nem Tito, nem outro líder lhe pede para que contribuam;  mas, a graça de Deus era tal no coração deles, que sem nenhuma coação, mas movidos pelo Espírito de Deus,  rogam a Paulo:  “Não nos deixem fora desta graça,  queremos também ofertar!

Terceiro: 
Os crentes macedonios ensinam aos crentes de Corinto, que ofertar é uma graça para ser imitada
“De maneira que exortamos a Tito que, assim como antes tinha começado,  assim também acabasse esta graça entre vós. (2 Co 8:6)
Primeiro Paulo fala da graça de ofertar dos irmãos macedonios, e em seguida menciona que esta mesma graça, esta também presente na Igreja em Corinto.
A graça tem caráter pedagógico, a Graça ensina.  Permitamos ser mentorados pela Graça e nunca pela avareza, cujo deus é Mamon.
E que tomemos por exemplo, crentes liberas e generosos; e que nunca venhamos a nos espelhar naqueles que fecham a mão para a Obra do Senhor, porque são escravos do dinheiro.   Imitemos os irmãos macedonios, e que nunca nos falte a mesma graça em nossa vida cristã.

Quarto:
Paulo nos ensina que da mesma forma que devemos crescer espiritualmente, devemos crescer de igual modo na graça de ofertar
“Portanto, assim como em tudo abundais em fé, e em palavra, e em ciencia, e em toda diligencia, e na vossa caridade para conosco,  assim também abundeis nesta graça.” (2 Co 8:7)
Espiritualidade sem liberalidade é falsidade.   O crescimento de nossa vida cristã deve ser equilibrado. O que Paulo está desejando aos irmãos de Corinto, é exatamente isto:  Que sejam transbordantes na fé, na palavra, no conhecimento, etc.  Mas, que de igual forma, transbordem em liberalidade pela graça de ofertar.

Quinto:
Em seguida Paulo destaca o maior exemplo na graça de dar,  Nosso Senhor Jesus Cristo
“Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesús Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre;   para que pela sua pobreza enriquecesseis.” (2 Co 8:9)
O saudoso mestre nas Escrituras, o missionário Donald Stamps, ao comentar este texto bíblico, disse que: “Dar de modo sacrificial, fez parte essencial da natureza e do caráter de Jesus Cristo aqui no mundo.  Porque Ele se fez pobre;  nós, agora,  participamos das suas riquezas eternas.    Deus quer  uma atitude idêntica na Igreja , como evidencia da sua Graça operando em nossas vidas.”
Somente entenderemos a profundidade da graça de ofertar, quando assimilarmos o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus.

2.  O crente generoso é verdadeiramente rico
“Como em muita prova de tribulação houve abundancia do seu gozo, e como a sua profunda pobreza, abundou em riquezas da sua generosidade.” (2 Co 8:2)
Os crentes da Judéia estavam vivendo momentos de muita privação material.  Tal fato, fez com que as igrejas se mobilizassem em um grande mutirão de generosidade para ajudá-los naquela hora tão difícil.
O que é surpreendente, é o ingreso nesta lista de igrejas solidárias:  as igrejas da Macedonia.   Porque os crentes macedonios eram tão pobres, quanto aos crentes da Judéia;  mas, mesmo sendo muito pobres, se apresentaram como os mais ricos, porque eram ricos em generosidade.   Notemos o quanto eram financeiramente pobres, a ponto de Paulo dizer: “a sua profunda pobreza” (2 Co 8:2).   Mas, esta condição de extrema pobreza não os impediu de serem ofertantes em potencial, porque eles transbordavam em riquezas de generosidade.

3.  O crente generoso excede sempre no ato de dar
“Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico), e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente.” (2 Co 8:3)
Exceder no ato de dar, vai além do exceder em valores monetários.  Um crente que ganha um pequeno salário pode exceder em muito áqueles que não ofertam motivados pelo amor e pela Graça de Cristo, que diga a viúva pobre que por ser generosa, excedeu a todos aqueles ricos no ato de dar: 
“E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos deitavam muito.
Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam um quadrante (um centavo).
E, chamando os seus discípulos, disse-lhes:  Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro;
Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava,  mas esta, da sua pobreza,  deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento.”      (Mc 12:41-44)

4.  O crente generoso é voluntário
“...deram voluntariamente.”  (2 Co 8:3)
Os crentes macedonios não contribuiram por obrigação e nem por coação.   Mas, se dispuseram a ofertar com alegria, e isto fizeram espontaneamente.
Quando da edificação do Tabernáculo, o coração dos israelitas se dispuseram a contribuir:  “E veio todo homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o impeliu,  e trouxeram a oferta alçada ao Senhor para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para as vestes santas.”  (Ex 35:21)
A memorável pergunta do rei Daví ainda soa em nossos ouvidos hoje:  “...Quem, pois, está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje voluntariamente ao Senhor ?” (1 Cr 29:5)

5.  O crente generoso antes de dar sua oferta, se dá primeiro ao Senhor
“E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus.”   (2 Co 8:5)
Para Deus, o ofertante sempre precede a sua oferta.  Que valor terá uma oferta cujo ofertante não se deu primeiro ao Senhor?  Por certo valor algum.
Quando entregamos nossas ofertas e dízimos, que tudo isto seja sempre precedido por nossa entrega total a Deus.
Que nossa contribuição seja o bendito éco de nossa rendição a Cristo.  Que ao trazermos o que temos, possamos sempre dizer:
- Damos a Ti, porque pertencemos a Ti !
Antes de dizer, traga-me a tua oferta, Ele está dizendo:  “Dá-me,  filho meu, o teu coração...” (Pv 23:26)

6.  O crente generoso é alvo das bençãos de Deus

Falando das bençãos sobre o crente generoso no Reino, o apóstolo Paulo reitera: 
 “E, digo isto:   Que o que semeia pouco, pouco também ceifará;  e o que semeia em abundancia, em abundancia também ceifará.
Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade;   porque Deus ama ao que dá com alegria.
E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, afim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiencia, abundeis em toda a boa obra.
Conforme está escrito:  Espalhou,  deu aos pobres;  a sua justiça permanece para sempre.
Ora,  Aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer,  também multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça.
Para em tudo enriqueçais para a toda beneficencia, a qual faz que por nós  se deem graças a Deus.” (2 Co 9:6-11)



O meu querido amigo do coração, pastor Valdir Medeiros contou-me um lindo e comovente testemunho, a respeito de como Deus galardoa o coração generoso:
Há muitos anos atrás, um pastor foi convidado para ministrar em uma cidade distante.  Mesmo com pouquissimos recursos, reuniu o dinheiro para pagar  a passagem de trem.  Chegou a tempo, e com muita graça pregou a Palavra. Vidas foram salvas e libertas, e Deus renovou sua Igreja.
Pretendia voltar para sua cidade, logo pela manhã; pois, o trem saía às seis horas da manhã.   Esperava que o líder da igreja que o convidara, lhe desse uma oferta para cobrir as despesas da viagem e também lhe desse hospedagem  naquela noite fria, o que não ocorreu.
Após o término do culto, todos foram embora, cada um para sua casa; e o desprezado arauto ficou em frente ao templo, surpreso pelo descaso e falta de amor fraternal do pastor daquela igreja.  No entanto, não reclamou, não murmurou,  não abriu sua boca.   Pensou consigo:  Deus sabe o que faz... O jeito é dormir no banco da estação, e por lá esperar o trem de amanhã.      Quando se dirige à estação, encontra numa esquina alguns irmãos da igreja que parados conversavam.  Então teve uma idéia de perguntar para eles onde ficava um hotel por ali.  Tinha a esperança, que se tocassem, e lhe convidassem para hospedá-lo na casa de um deles, pois dinheiro para hotel não possuía.  Mas, para sua tristeza, eles responderam:
- Pastor, o senhor desce esta rua;  logo a frente tem um hotel.
Ele agradece aos irmãos e segue seu caminho para a estação de trem.   Quando, de repente um irmão vem correndo atrás e lhe pergunta:
- Pastor, ninguém lhe hospedou? Isto não se faz com um profeta do Senhor... Pastor, onde o senhor está indo?
- Estou indo dormir na estação, porque o trem sai  às seis horas da manhã – responde o pastor.
Imediatamente, o irmão oferece com todo amor sua casa:
- Pastor, sou o mais pobre da igreja. Minha casa tem só um cômodo, é muito simples.  Pastor, venha comigo, o senhor não vai passar a noite no frio.  Minha pequena casa é sua pastor!
Ao chegarem, a esposa deste generoso irmão faz um café, todos se alimentam e se alegram na comunhão no Senhor.
O pastor louva a Deus pela vida daquela família, que seguindo o exemplo dos crentes macedonios, que da profunda pobreza abundaram em riquezas da sua generosidade (2 Co 8:2)
Pela manhã, novamente, após mais um abençoado café, aquele querido irmão e sua familia se despedem do pastor.  Ele ora por todos e segue sua viagem de regresso.
Muitos anos depois, este mesmo pastor é convidado para pregar em uma outra cidade.  Após a ministração, um irmão muito bem vestido vem ao seu encontro, lhe cumprimenta e lhe pergunta:
- O senhor se lembra de mim?   Eu sou aquele irmão que naquela noite,lhe hospedei em meu casebre...  Pastor, Deus me prosperou; hoje tenho várias fazendas e sou um empresário bem sucedido para a glória de Deus.
O pastor abraça emocionado o irmão, e lhe pergunta:
- Querido irmão, louvo a Deus porque Deus tem lhe prosperado!   Mas, nestes anos, fiquei com uma pergunta, deste quando estive em sua casa naquela noite:  Eu notei, que a sua casa tinha apenas um comodo. E, que o irmão e sua esposa me cederam a cama de voces para que eu pudesse dormir;  notei também, que seus filhos dormiam no outro canto da casa.  Lembro-me que o irmão e sua esposa, saíram,  não os vi dentro da casa;  onde os irmãos foram? Onde voces dormiram?  Voces foram para casa de algum vizinho ou parente? Onde voces passaram a noite?
O irmão com o rosto banhado em lágrimas respondeu:
- Pastor, grande foi a honra de recebe-lo  em nossa casa,  apesar de tão humilde e tão pobre.    Mas, naquela noite, saí com minha esposa, e nos assentamos em um pequeno banco do lado de fora, e ali passamos a noite falando das coisas de Deus, até que o dia nascesse e o amado pastor pudesse descansar.
O que fizemos, fizemos com alegria e amor!
Imaginai o Pentecóste deste maravilhoso reencontro entre o profeta e este crente generoso.
Após o abraço recheado de lágrimas e línguas estranhas, o pastor acrescentou:
- As bençãos derramadas hoje na sua vida meu irmão, é  o resultado de seu amor e de sua generosidade.

“Alguns há que espalham, e ainda se lhes acrescenta mais; 
e outros que reteem mais do que é justo, mas é para sua perda.
A  alma generosa engordará, e o que regar também será regado.”  (Pv 11:24,25)

Pastor Marcos Antonio

A RESTAURAÇÃO DE JOÃO BATISTA

  A RESTAURAÇÃO DE JOÃO BATISTA Mateus 11.1-11   Introdução:   ü Quero chamar a tua atenção para um dos personagens da Bíblia , q...